sábado, 28 de dezembro de 2013

Citações que valem a pena: Semana 2 (Fim de ano!)

  
    “Tomorrow, is the first blank page of a 365 page book.
Write a good one."

(Brad Paisley)

   
    E não se esqueçam, nós somos o nosso pior inimigo!
  
    Sejam honestos convosco, digam não às desculpas esfarrapadas. Quem quer arranja uma maneira, quem não quer arranja uma desculpa.
  
    Façam a vossa lista de resoluções, alcancem os vossos objetivos. Mas não se esqueçam, mais importante que a meta é a viagem, e a pessoa em que vocês se transformaram. 
  
    Não menosprezem a importância dos pequenos passos, quando quiserem desistir, lembrem-se porque é que começaram!
      
A todos, desejo ótimas entradas 
e um feliz 2014!

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Cortar despesa ou subir impostos? Esta tem truque...


    Já todos devem estar fartos de ouvir que é mau cortar na despesa, mas é ainda pior subir os impostos. Será mesmo assim? 

    A meu ver esta afirmação não passa de mera ideologia, que na prática é inútil para resolver seja o que for. 
    Qualquer pessoa (médico, electricista, informático, gestor, professor, militar, etc) sabe que, para se resolver um problema é preciso em primeiro lugar, acertar no diagnóstico. Se eu sei que o doente tem gripe não lhe vou receitar um medicamento para o colesterol pois não? Sejamos pragmáticos e realistas.
    Esqueçam todas as ideias pré-concebidas que possam ter em relação a impostos/despesa. 
    Na prática, o que é um aumento de impostos? 
    É retirar rendimento disponível às famílias para as funções do Estado.
    O que é na prática um corte da despesa?
    É retirar rendimento disponível às famílias, em prejuízo das funções do Estado. 
    Nos dois casos resultam fluxos de dinheiro que equivalem a: +Estado, -Famílias.
    
    Qual é afinal a grande diferença entre as duas?
    A grande diferença é que os impostos são universais e incidem sobre toda a população, de forma mais moderada.
    Já cortes na despesa (salários/pensões/despedimentos) incidem sobre setores mais restritos (função pública, pensionistas) e de uma forma muito mais violenta para os afetados.
    Portanto, afinal qual devemos escolher? Depende do grau de solidariade entre as classes. Se não houverem funcionários a mais, se não houverem serviços inúteis, se é preciso que o país equilibre as contas públicas porque carga de água se há de atingir um setor em particular? Faz muito mais sentido um esforço menor distribuido por todos, do que a ruína de algumas famílias...
   
     Não quero com isto dizer que cortar na despesa é mau, com certeza há relatos dos vários setores em que há desperdícios e regalias exageradas, corte-se no que é preciso cortar. Caso contrário faz mais sentido destribuir o mal pelas aldeias... Digo eu.

    Quem defende cortes de despesa que não têm que ver com ineficiências, desperdícios e regalias exageradas, ao invés de subir impostos, só pode pensar três coisas:
    1 - Há funcionários a mais;
    2 - Há serviços públicos em demasia;
    3 - Função Pública e pensionistas são priveligiados.
    
    Reparem que eu não estou a dizer que as hipóteses anteriores não possam ser verdade, mas a meu ver então é preciso fontalidade, porque não são essas as explicações que eu vejo frequentemente darem...
    
    Aqui fica uma tabela onde está a carga fiscal em percentagem no PIB (2011) na União Europeia, para reflectirem um pouco.
    Portugal está com 36,1% a meio da tabela. Agora descubram para que lado estão países como Dinamarca, Finlândia, Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Itália, Reino Unido, Luxemburgo e para que lado estão países como Grécia, Espanha, Eslováquia, Eslovénia, Chipre, Malta, Polónia e Roménia.
      
    Fica a dica...


Ranking of total tax revenue by Member States and EFTA countries in 2011 as a % of GDP


  

sábado, 21 de dezembro de 2013

Citações que valem a pena: Semana 1


"Shoot for the stars, and you will land on the moon!" 


    Frase de origem desconhecida tanto quanto sei, ou tanto quanto a Internet me revelou na breve pesquisa. Mas certamente de uma pessoa muito sábia.

    Também conhecido na gíria portuguesa como "Quem joga para o empate arrisca-se a perder" (Não é tradução pura, mas a mensagem é a mesma) ^^

    Inspirem-se bastante, mas não se esqueçam de expirar depois, senão ...

Mas afinal, que caminho é este?

    "Porque é que Pedro Passos Coelho e os seus camaradas insistem nesta austeridade sem fim à vista?"

    Acho que é a pergunta que paira na cabeça de todos os portugueses.

    Será ele má pessoa?
    Será que foi vítima de bullying na escola e concebeu um plano maquiavélico para se vingar?
    Será que ele é uma pessoa burra mesmo?

    Não creio que nenhuma destas seja a resposta.
    A resposta prende-se com as poucas alternativas, com a herança deste governo e com a falta de soberania, mas não me impede de considerar que este caminho está condenado ao fracaço e portanto está ERRADO.
    Bem sei que actualmente estamos com a corda na garganta, e que precisamos do apoio dos parceiros europeus para fazer seja o que for, mas isso é razão para que deixemos que nos apertem a corda cada vez mais até ao enforcamento final? Fica a pergunta no ar...

    Agora o porquê de eu considerar este caminho ERRADO.
    Queria partilhar esta imagem do OE para 2014, para perceberem melhor onde quero chegar...
  


    (Fonte: http://www.dgo.pt/politicaorcamental/Paginas/OEpagina.aspx?Ano=2014&TipoOE=Proposta+de+Or%u00e7amento+do+Estado&TipoDocumentos=Lei+%2f+Mapas+Lei+%2f+Relat%u00f3rio )

    A vermelho está assinalado o montante total que Portugal vai pagar no ano de 2014 em Educação e Saúde, ou seja, € 6.627.311.432 e € 8.492.696.643 respectivamente. Agora, € 7.239.118.126  é o montante global de JUROS(apenas!) que pagaremos em 2014. Mas se a Dívida Pública continua a aumentar, e em 2013 pagamos € 8.013.824.636, afinal como é que vamos pagar menos juros em 2014 do que em 2013, se a dívida é maior? Provavelmente porque foi negociado um período de carência de juros, que na prática só nos faz pagar mais juros ainda, apenas mais tarde...

    Agora imaginem uma pessoa gastar tanto em JUROS (carro ou casa) como gasta em comida ou na renda da casa (despesas essenciais)... não estou a falar sequer da amortização da dívida, porque isso ainda assume proporções mais assutadoras (Ver Operações da Dívida Pública!!!). Ou seja, esta situação é surrealista e INSUSTENTÁVEL como está, será necessária a renogociação da dívida mais tarde ou mais cedo, todos sabem disso, só não o podem dizer abertamente, eu posso.
    O busilis da questão é que, quanto mais tarde se fizer essa renegociação pior. Todos os anos são retirados dos portugueses em forma de impostos o equivalente ao orçamento de todo o Ministério da Saúde, para serem enviados para o exterior aos nossos credores. Ou seja, cada ano estamos mais pobres, a pagar uma Dívida Pública monstruosa, que já se sabe à partida que não vamos conseguir pagar. Quanto mais cedo se fizesse essa renegociação, maiores condições teríamos de re-erguer a nossa economia e de conseguir pagar o restante da Dívida Pública.
    Desta forma, apenas nos estamos a enterrar cada vez mais até à inevitabilidade final da renegociação da Dívida Pública, só que nessa altura estaremos ainda mais pobres e com menos condições de pagar o restante da Dívida Pública.

    Portanto, a solução passa por renegociar a dívida (porque é inevitável, e quanto mais cedo melhor), mas não só. E quanto aos cortes? A solução passa por aumentar os salários? Não, porque no final da linha se aumentarmos os salários, as pessoas compram mais (o que é bom), mas como o que compram vem tudo de outros países, o dinheiro acaba sempre por ir lá para fora... A solução para Portugal passa por produzir cá, seja para fora (exportação) seja para o mercado interno (substituição de importações). Só assim é possível acabar com os desiquilibrios gritantes das nossas contas.

    Resumindo, Pedro Passos Coelho, ve lá se começas a pressionar a europa para a urgência de renegociarmos a dívida, e se dás condições aos nossos de criarem riqueza, não é dar subsídios, é deixar as pessoas trabalhar e parar com os cortes cegos em nome de uma "reforma estrutural" que não existe.
    Reforma estrutural seria a desburocratização de processos, justiça mais célere, revisão das matérias curriculares  do nosso ensino, implementação de processos de Controlo de Gestão e Avaliação de Desempenho adequados à Função Pública, entre outras que agora não me lembro...

    Cortar porque é preciso cortar não é reforma coisíssima nenhuma, é uma urgência imposta pela troika, e que não está nem vai dar bom resultado.

    Aproveito para vos desejar um ótimo Natal, e que se faça luz nas cabeças destes senhores!
 
    Sábado novo tema! Até o Passos vai precisar de ler...
   

O porquê deste blog...

    Queridos internautas (avós e avôs, homens da gravata, desempregados, juventude, trollers, entre outros),

    Resolvi criar este Blogue com o intuito de partilhar a minha opinião acerca da actualidade portuguesa e poder discuti-la convosco. Embora o que não falte na televisão sejam opiniões, a meu ver cada um puxa a brasa à sua sardinha (leia-se cor política) e já estou um bocado farto de opiniões de conveniência. Aqui como não há sardinha, diz-se a verdade e acabou.

    "Então mas se tu é que sabes a verdade porque é que precisas de a partilhar?". Perguntam vocês.
    Obviamente, e como toda a gente (julgo eu), a minha verdade só vale, enquanto não me provarem que estou errado. É aqui que entram os comentários e a discussão que eu pretendo com este Blogue.   Não é minha intenção impor a minha vontade a ninguém. Apenas desejo que a minha opinião sirva de reflexão e caso não concordem, usem os comentários que é para isso que eles servem...

    Assim, comprometo-me a todos os Sábados vos presentear com uma reflexão nova sobre a actualidade (económica em princípio) do nosso país.

    Boas postas de pescada a todos.